Pensar em vocação, é possibilitar que adentremos no mais intimo de nós e assumamos nossa missão. Padre Reginaldo de Lima declara que “Na fonte batismal, nossa relação amorosa com Deus se traduz na dinâmica do discípulo que abre seu coração e seus ouvidos para a palavra do Mestre que chama: vem e segue-me”. A Igreja acolhe as diferentes vocações e possibilita que por meio dela, com diferentes características, mas com um mesmo objetivo, sirvamos e vivamos um relacionamento íntimo com o Senhor. Eis nosso primeiro chamado: “Deus nos desejou em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1, 4).
Voltando nosso olhar a vocação laical, nos deparamos com um segmento que remete a constituição familiar pelo estado de vida matrimonial. A família, definida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II como o santuário doméstico da Igreja e que é a primeira célula vital da sociedade. Em nosso cotidiano, nos deparamos com famílias que lutam para sustento e dignidade dos membros que a constituem, que se esforçam para manter a unidade e que principalmente, buscam servir o Senhor através da Santa Igreja. Dom Antônio afirma que “a família tem que criar um ambiente onde se destaque a fé como a grande força pra se viver todos os valores próprios da família”.
O grande desafio dos membros familiares é a sadia doação à vivência da vocação “híbrida”, servir a família e a Igreja, como leigos. Em meio a rotina secular de trabalho, afazeres, educação e cuidados com os filhos, estudos, entre outros, somos chamados a abraçar nosso ministério, serviço, pastoral. Por vezes, nos parece que o tempo torna-se escasso e que não daremos conta. Muitas são as cobranças e compromissos. Para tal, nos é necessário primeiramente comungar da mesma fé! É na família que a pessoa “descobre os motivos e o caminho para pertencer à família de Deus” (Documento de Aparecida n. 118). Posteriormente, por meio do diálogo, os membros familiares devem organizar-se para buscar juntos o servir, cada qual, por meio do Santo Espírito, abrindo-se e manifestando seu carisma. Eis que a oração e a caridade devem estar a frente para que pela vivência familiar, todos busquem e sirvam o Senhor. Sejamos famílias de Deus que tem alegria em servir!
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