ORAÇÕES DIVERSAS
PELO SINAL DA SANTA CRUZ
O “Sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim, uma verdadeira e poderosa oração! É o sinal dos cristãos! Por meio dele muitos santos invocaram a proteção do Altíssimo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos inimigos, e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual.
De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito assim fazemos:
† Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensamentos ruins, que só nos causam mal.
† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e para o bem estar do próximo.
† Dos nossos inimigos (sobre o coração): para que em nosso coração só reine o amor e a lei do Senhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores.
† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
É o ato livramento e deve ser feito com a maior reverência, consciência, fé e amor, pois expressa nossa fé no Mistério da Santíssima Trindade, cerne de nossa fé cristã, Deus em si mesmo.
O Sinal da Cruz deve ser feito com a mão direita, levando-a da testa à barriga, e do ombro esquerdo ao direito. Faça-o sobre si, e, sempre que possível, na testa de seu filho, de seu marido, de sua esposa, de seu irmão, de seu sobrinho…, antes de sair casa, do trabalho, nas horas difíceis e nas horas de alegria.
GLÓRIA AO PAI
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
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Oração vocal – feita com palavras, escuta-se o som.
Oração mental – feita em silêncio, só com nosso pensamento.
Oração espontânea – feita a partir de nós mesmos, com nossas próprias palavras e dirigidas a um objetivo específico pessoal.
Oração formulada – feita a partir de fórmulas oferecidas pela Sagrada Escritura ou pela Igreja.
Oração individual – feita por si próprio.
Oração comunitária – feita em grupo, em comunidade.
Oração litúrgica – feita individualmente ou em grupo, usando a Liturgia da Igreja.
OBSTÁCULOS À ORAÇÃO:
– PECADO;
– NÃO TER HORÁRIO FIXO;
– NÃO TER LUGAR APROPRIADO;
– BARULHO INTERNO E EXTERNO;
– DISTRAÇÃO;
– NÃO DAR A DEUS PRIORIDADE (CENTRO DA VIDA).
VIRTUDES CARDEAIS E TEOLOGAIS
Sete virtudes-chave do católico:
As 3 teologais e as 4 cardeais
As virtudes são disposições estáveis de praticar o bem, que se aperfeiçoam com o hábito.
Elas podem ser humanas ou teologais: as virtudes humanas são adquiridas por meio do aprendizado e da prática, ao passo que as virtudes teologias são resultado da presença do Espírito Santo em nós, agindo sobre as nossas faculdades e suprindo as nossas fragilidades.
As 3 virtudes teologais:
Se referem àquilo que tem a ver com Deus. As virtudes da Fé, Esperança e Caridade são teologais porque Ele próprio as concede a nós, convidando-nos a praticá-las de modo cada vez mais perfeito.
1 – Fé – A fé teologal nos leva a acreditar no Deus Uno e Trino, que é Pai Criador, Filho Salvador e Espírito Santo Santificador. Somente pela fé podemos conhecer a Verdade do Deus Altíssimo, revelada nas Sagradas Escrituras. É um dom.
2 – Esperança – A esperança teologal é a virtude pela qual desejamos e esperamos solidamente em Deus e em tudo o que Ele tem de maravilhoso para nós, seja nesta terra, seja na eternidade, que Ele coloca ao nosso alcance respeitando o nosso livre arbítrio de aceitá-la ou recusá-la.
3 – Caridade ou Amor Teologal – A caridade, como virtude teologal, não é a simples beneficência ou filantropia, mas sim a plenitude do amor. Deus é Amor e nos convida a participar de Si mesmo mediante a virtude teologal da caridade, pela qual O amamos acima de tudo e de todos e amamos ao próximo como a nós mesmos, dispostos inclusive a dar a vida por amor.
……
As 4 virtudes cardeais
“Cardo” em latim quer dizer “eixo”. Daí é que vem o termo que descreve as virtudes humanas da Prudência, da Justiça, da Fortaleza e da Temperança: elas são chamadas de virtudes cardeais por serem os eixos da vida virtuosa.
1 – Prudência – A prudência é a virtude do saber escolher. Não se trata de escolher entre coisas fúteis: a prudência nos ajuda a escolher os meios adequados para fazer o bem e vencer o mal. Podemos pecar contra a prudência de dois modos:
– Por falta: quando agimos sem refletir, ou por descuido, quando até refletimos, mas ainda assim fazemos mal feito.
– Por excesso: trata-se da astúcia maliciosa, quando nos precavemos para ocultar um mal que praticamos, geralmente em relação a cuidados desvirtuados com a vida material.
2 – Justiça – É a virtude que nos leva a dar a cada um o que lhe é devido, incluindo a nós mesmos e a Deus. Por justiça, quando compramos algo, pagamos o seu valor; quando tomamos emprestado, assumimos o dever de restituir; quando contraímos uma obrigação, comprometemo-nos a cumpri-la. Quando se peca contra a justiça, o arrependimento e a confissão não bastam: a lesão cometida contra a pessoa que prejudicamos deve ser reparada.
Do ponto de vista religioso, a justiça está essencialmente ligada à santidade, com esforço cristão, compreender os defeitos de quem nos rodeia, perdoar setenta vezes sete (sempre), auxiliar para que os defeitos sejam superados e, principalmente, amar a todos, inclusive os que se apresentam cheios de defeitos e até aqueles que nos fazem o mal. É o que rezamos no Pai-Nosso: “…Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
3 – Fortaleza – É a virtude que nos dota de segurança em tudo o que fazemos, principalmente nas dificuldades e contrariedades, ajudando-nos a vencer o medo. Ela nos dá suporte e constância na procura do bem, firmando em nós a resolução de resistir às tentações e superar os obstáculos na vida moral (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1808).
4 – Temperança – É a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados, conforme bem explica o Catecismo da Igreja Católica (cf. nº 1809). Ela é o “freio da alma”, que nos faz usar com moderação os bens temporais: comida, bebida, sono, diversão, sexo, conforto…
A temperança nos ensina que para o uso de cada bem há tempo certo, contexto próprio e quantidade adequada.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE
SACRAMENTOS E
SACRAMENTAIS?
Os sacramentos foram instituídos por Cristo Jesus para outorgar graças e santificar. Sua eficácia (realização) independe da santidade do ministro e do fiel, pois é ação de Cristo (ex opere operato). O sacerdote evoca através, das palavras ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, a graça e, ela se manifesta santificando os objetos e as pessoas, purificando-os e conduzindo-os à salvação. São estes os sete sacramentos:
Batismo, Crisma ou Confirmação, Eucaristia, Reconciliação ou Penitência, Unção do Enfermos e Ordem e Matrimônio.
Os sacramentais, foram instituídos pela Igreja, com a autoridade investida por Nosso Senhor Jesus Cristo, para cumprir sua missão salvífica na Terra. Ele tem a sua graça na oração da Igreja e das disposições da pessoa que recebe ou o utiliza. Esta eficácia é chamada de “ex opere operantis Ecclesiae”, depende da fé e devoção do ministro e do fiel.
Os sacramentais são extensões dos sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia.
Veja a seguir, quais são os sacramentais:
A ÁGUA BENTA
Tem o duplo significado de nos lembrar do nosso batismo e simbolizar a limpeza espiritual. É usada inclusive em exorcismos: o diabo não suporta a água benta porque é inteiramente impuro, imundo para toda a eternidade. Ela evoca a água que fluiu do lado de Cristo, símbolo do batismo, e traz à mente o dia da derrota do diabo: a crucificação de Cristo para nos redimir do pecado e nos oferecer a salvação. Um antigo costume era fixar recipientes com água benta na parede da casa onde cada morador tocava antes de fazer o Sinal da Cruz, acolhendo assim a bênção de Deus.
O SAL ABENÇOADO
Também é um antigo costume manter em casa um pequeno recipiente de sal abençoado. Ele representa uma poderosa arma contra o mal, conforme o texto usado na sua bênção de acordo com o Ritual Romano: o sal abençoado é descrito como símbolo de saúde para a mente e o corpo daqueles que o utilizam porque tem o sentido de nos livrar da impureza e nos proteger dos ataques malignos. O próprio Cristo nos exorta, no Evangelho, a ser sal da terra e luz do mundo.
O CRUCIFIXO
Outro sacramental muito poderoso, e que é encontrado com mais frequência em nossas casas. Ele não apenas nos recorda o grande Amor de Deus para conosco, mas também é uma das armas principais contra os inimigos espirituais.
O crucifixo é a derrota de Satanás e o sinal de tudo o que ele despreza. Eles devem ser abençoados por um sacerdote.
O ESCAPULÁRIO
Um dos mais conhecidos sacramentais da Igreja é particularmente poderoso e inspirador: o escapulário de Nossa Senhora do Carmo. O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, na esperança de sua proteção maternal.
Vaticano II: “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja” (SC 60).
AS MEDALHAS
A Igreja nos orienta que as medalhas por si só, sem sua oração, não fornecem nenhum poder ou proteção.
Ao utilizar uma medalha demonstramos um juramento para com a palavra de Deus, demonstrando que temos um compromisso de seguir o exemplo daquele santo, para vivermos uma vida em Jesus Cristo.
O VÉU
O Código do Direito Canônico de 1917, cânon 1262, obriga as mulheres a cobrir a cabeça, portanto um costume imemorial. Manifesta-se na Ordem Divina invisível. Ao usar o véu as mulheres imitam Nossa Senhora.
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